Com uma carga jazzística de fazer inveja a muito veterano, Esperanza ainda se aventura – e se sai muito bem – pelas músicas cubana, argentina e principalmente brasileira. Prova disso são as bem executadas regravações de “Inútil Paisagem”, de Tom Jobim, e "Ponta de Areia", de Milton Nascimento. Milton, aliás, faz uma participação em “Chamber...”, na faixa “Apple Blossom”, em um dueto impecável.
Capa do disco que lhe rendeu o Grammy de artista revelação
Sua voz consegue transitar sem maiores percalços entre o suave e o visceral, dependendo do apelo emocional de cada canção. E toda essa diversidade vocal é acompanhada por belíssimos arranjos de cordas efetuados pelos músicos Entcho Todorov, Lois Martin e David Eggar, que são encarregados do violino, viola e violoncelo, respectivamente.Ao longo das onze músicas que compõem o último álbum – sete são de sua autoria –, a monotonia passa longe. Com o clima intimista característico do jazz, o disco consegue passar, ainda, sensações de delicadeza, tensão, paixão e dor de maneira sincera e natural. Destaque para a regravação de “Wild is the Wind” – que já teve versões nas vozes de David Bowie, Nina Simone e Cat Power –, que é de tirar o fôlego de qualquer um.
Outras canções que merecem destaque são “Knowledge of Good and Evil”, que mostra a forte influência da bossa nova em sua música; a melancólica “Winter Sun”; e “Really Very Small”, que evidencia o poder da voz da cantora.
Assista a versão de Esperanza para "Ponta de Areia", de Milton Nascimento:
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escrita por Caru Ares - 16 de fevereiro de 2011
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